EEM PE. RODOLFO – Aula-passeio no mangue do estuário do Rio Mundaú

1 de novembro de 2017 - 12:00

A Escola Pe. Rodolfo realizou na manhã deste dia 26/10/17 uma aula-passeio no mangue do estuário do Rio Mundaú, no intuito de promover o recolhimento de material sólido (lixo) jogados por frequentadores desse ecossistema.

 

A turma do 2º ano A, conduzida pelo professor Francisco Bonifácio e acompanhada pelos professores Celio Alves, Marcelo Rodrigues e Laerte Ferreira, completaram mais uma ação do projeto desenvolvido pela escola, principalmente pelo Clube de Ciências, que é o Plano de Conservação do Estuário do Rio Mundaú, que tem como objetivo revitalizar áreas degradadas pelo manejo irregular do homem e limpar áreas atingidas pelo descarte irregular de material descartável, como garrafas pet, sacolas, isopor, embalagens e outros objetos que agridem e modificam esse bioma. A ação foi realizada numa área de cerca de 1 Hectare (ver área na imagem em vermelho), onde foram recolhidos 56,5 Kg de lixo bruto. Se projetarmos isso para toda a área da APA (1.596,37 Hectares) teremos mais de 90.000 kg de lixo dessa natureza. UM VERDADEIRO LIXÃO!

 

Esperamos sensibilizar os alunos para a construção de uma prática socioambiental consciente e a mudança de postura desconectada dos espaços que nos rodeiam.

 

O mangue é um ecossistema extremamente importante para a preservação e manutenção da vida marinha litorânea. Esse espaço é berçário para a reprodução de muitas espécies e também onde outras se desenvolvem. Não cuidar desse bioma é pôr em risco o funcionamento de toda uma cadeia ecológica.

 

Sabe-se que muitas famílias sobrevivem da pesca e da captura de caranguejos, assim, o mangue é também essencial para a economia de quem retira de lá o seu sustento.

 

Sabe-se também que as fazendas de camarão exercem profunda agressão aos manguezais, pois retiram milhares de metros cúbicos de água do rio e quando é período de despesca dos currais dessas carciniculturas todo o rejeito contendo material extremamente ofensivo à área é jogado no leito do rio e levado para alto mar, sem falar do desmatamento de um espaço que deveria ser permanentemente preservado.

 

Falar de preservação em sala de aula, mas sem sair de dentro de nossos muros para efetivar práticas educacionais sólidas é meramente um discurso demagógico que não atende mais aos anseios de uma educação comprometida com o mundo a nossa volta.

 

 

 

 Veja todos as fotos na página do facebook da escola: https://www.facebook.com/rodolfo.ferreiradacunha/media_set?set=a.912780145544807.1073741906.100004384892778&type=3&pnref=story